O que esperar da realidade virtual?

um novo mundo vr

Podemos esperar simplesmente tudo da realidade virtual!

A princípio, parece um pouco de sensacionalismo, mas no entendimento da grande maioria dos experts, a realidade virtual é uma tecnologia literalmente “sem fronteiras”.

Felizes somos nós que iremos presenciar e participar dessa transição – do mundo limitado a uma tela plana para o mundo sem limites “virtual”.

Os desenvolvedores já iniciaram projetos nas mais diversas áreas – medicina, esportes, exploração espacial, simulação de vôo, relações sociais, educação, filmes, pornografia e muitas outras áreas. No entanto, os games parecem ser o nicho da Realidade Virtual mais desenvolvido e que, possivelmente, irá alcançar o maior número de usuários e fãs.

Esse artigo ficará focado nessa última área (games) e tentará trazer uma discussão sobre um tema que, em um futuro próximo, estará transformando a vida das pessoas.

Os vídeo games, desde as primeiras gerações de consoles, traziam, por trás dos jogos (bem simplórios naquela época), um objetivo principal, possibilitar ao usuário se transportar para um mundo de fantasia, onde ele poderia ser o quê ou quem ele desejasse. No entanto, essa transposição, sempre esbarrou na impossibilidade de aproximação em imersão do usuário em relação a tela. Essa limitação, simplesmente acabou com as novas tecnologias, o usuário poderá literalmente imergir em um mundo novo e interagir de forma muito próxima do real nesse novo ambiente.

Na vanguarda desse novo tempo estão os equipamentos da Sony (Playstation VR) e o da Facebook (Óculus Rift) que, com certeza, dominarão o mercado nos próximos anos. A Sony desenvolveu seu dispositivo exclusivamente para os games, tendo a plataforma PS4 como base de uso – a sony recentemente prometeu 50 títulos de realidade virtual para o final de 2016. O Oculus Rift, por sua vez, foi o pioneiro da realidade virtual, tem um hardware mais poderoso e tem o desenvolvimento de softwares atingindo um maior espectro de áreas. Correndo por fora está o HTC Vive, que tem hardware poderoso, mas derrapa no custo de aquisição mais alto.

Quem sai na frente da corrida virtual? Playstation VR vs Oculus Rift vs HTC Vive

realidade virtual oculus vr vive

Em declaração recente, Mark Zuckerberg afirmou que “o conteúdo imersivo em 3D é obviamente o próximo negócio do Facebook” e “A razão para estarmos animados com essa indústria é a progressão contínua das pessoas em encontrar formas ainda maiores de compartilhar o que está em suas mentes”. Essa declaração revela as intenções de uma das maiores empresas de tecnologia perante esse novo campo de possibilidades. E se você já está imaginando quais novidades irá presenciar no Facebook, pode abrir sua mente, pois em alguns anos, muita coisa vai mudar.

É fato que, em poucos anos, iremos ter um “virtual world”, de cenários reais e/ou fictícios, onde os indivíduos com seus avatares poderão caminhar e interagir uns com os outros, estabelecendo interações e conexões antes nunca imaginadas.

Desafios

A realidade virtual está batendo a nossa porta, no entanto, estamos lidando com um setor ainda pouco explorado e com desenvolvimento em fase embrionária. Tudo ainda carece de testes e muita evolução, mas o caminho parece estar sendo bem trilhado.

Um dos maiores desafios é estabelecer uma forma de apresentação que não gere conflitos muito graves entre o que o indivíduo está percebendo à sua volta e o que o seu corpo está sentindo. Esse aspecto, talvez ainda não foi completamente entendido e, as consequências para usuários frequentes, ainda são desconhecidas.

O Dr. Ronald Azuma, chefe do departamento de realidade virtual da Intel, afirma que esse é um problema urgente dentro desse segmento: “O lapso de convicção descreve o conflito entre ter a sensação real de estar voando ou se movendo dentro de um jogo com visão em primeira pessoa, enquanto o cérebro sabe que o corpo está parado. É um conflito entre o que nossos sensores de equilíbrio nos dizem e o que nossos olhos vêem. E isso eu não sei como resolver. É um problema muito sério”, diz.

Outro aspecto relatado por algumas pessoas que utilizaram os dispositivos é uma sensação ruim ao realizar determinadas ações dentro do jogo. Isso ocorre porque o game se torna tão imersivo que o usuário se sente realmente naquele ambiente (e não apenas como um personagem do jogo) sendo que, ao fazer determinada ação, ele tem a sensação de realmente estar fazendo aquilo. Atirar em alguém, por exemplo, foi relatado como “estranho” por vários gamers.

A realidade virtual esta chegando e essa nova forma de interação tende a entrar pesado na vida das pessoas. Assim como os smartphones fizeram há poucos anos, a realidade virtual promete trazer um novo patamar de interação – mudar, mais uma vez, as formas de relações entre as pessoas. Se isso será bom ou ruim, só poderemos responder com o passar dos anos e é campo para muita discussão e estudo. Hoje, podemos afirmar, a realidade virtual é real e está cada vez mais próxima.

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