The Climb – Análise – Review

the climb analise

The Climb – Emoção e muita adrenalina nas alturas

Em The Climb você é um alpinista em uma ilha paradisíaca, cheia de rochas e penhascos íngremes. Seu objetivo… desafiá-los!

O título da Crytek inaugura um novo segmento de jogos, o de simuladores de atividades da vida real. Esse novo modelo de games, que será recorrente no mundo da realidade virtual, permite ao usuário realizar e enfrentar um desafio que, em sã consciência, não teria a coragem nem a capacidade para fazê-lo.

Estúdio: Crytek

Plataforma: Oculus Rift

Preço: $ 49,99

Data de lançamento: 28 de março de 2016

The Climb  é, sem sombra de dúvida, até o momento, o jogo em realidade virtual com o visual mais bonito. O cenário da ilha é deslumbrante e extremamente envolvente, sendo que os detalhes impressionam pelo realismo e cuidado com que foram desenvolvidos. A atmosfera do jogo é densa, com a vegetação nativa e a vida selvagem destacando-se durante todo o desenvolvimento do game.

O objetivo principal do jogo é escalar. O alpinista pode explorar trilhas nas rochas e montanhas de uma ilha paradisíaca, visualizando lagos deslumbrantes, alpes rochosos e praias intocadas. O foco do jogador são suas mãos flutuantes, que devem buscar fendas e ressaltos nas pedras para a continuidade da escalada. É algo novo, desafiador, mas ao mesmo tempo assustador. A possibilidade de olhar para os lados durante a escalada e perceber todo o visual da ilha e, principalmente, para baixo, traz a sensação de vertigem – comum quando estamos próximos a lugares altos – mesmo estando sentado no confortável sofá da sala. Ao final da escalada, o game presenteia o jogador com um visual arrasador, tão real e repleto de vida que supera qualquer vídeo 360 graus que eu já tenha visto.

The Climb possui três níveis de dificuldade de escalada – fácil, médio e difícil – em três grupamentos rochosos distintos. Inicialmente, você pode até achar reduzido o número de canários, no entanto, cada configuração leva o escalador a caminhos diferentes ao redor da montanha, aumentando consideravelmente o número de desafios e a jogabilidade apresentada pelo game. O jogo exibe ainda alguns recursos interativos, como a possibilidade de seguir um fantasma do melhor escalador para determinada trilha, ou o de disputar uma espécie de corrida na montanha contra um amigo – esses modos dão importantes dicas visuais de como maximizar a experiência de escalada. Outro recurso é a possibilidade de escalar uma parede infinita, o que proporciona uma chance de desenvolver diversos tipos de habilidade que, posteriormente, serão necessárias para o game.

Os controles, pelo menos até o Oculus Touch chegar ao mercado, deixam a desejar em alguns momentos. Segurar um ressalto ou uma fenda na encosta de uma montanha não é tão simples em algumas situações. Enquanto a maioria dos pontos são óbvios e fáceis de buscar, algumas regiões que, na vida real, seriam fáceis de segurar, em The Climb são apenas peças decorativas do cenário. Isso gera certa frustração em um ambiente tão envolvente quanto o desenvolvido para o jogo.

O game exige bastante da musculatura do pescoço. Assim como qualquer nova atividade física ou laboral, a movimentação da cabeça suportando o peso do Oculus Rift exige a ativação de músculos pouco utilizados em nosso dia a dia. Isso possivelmente será uma fonte de desconforto para muitos usuários nessa fase inicial dos jogos em realidade virtual. É algo que podemos classificar como inevitável e que deve se amenizar com o tempo de uso. The Climb, particularmente, exige alguns movimentos que podem se tornar dolorosos caso o jogador exagere na velocidade e força. Inicialmente experimentei algum desconforto, mas percebi que estava realizando movimentos exagerados e desnecessários. A mudança para a posição de pé costuma ser um fator de alívio de sobrecarga para a musculatura.

The Climb está na lista dos dez jogos mais promissores para 2016/2017 do Portal Realidade Virtual.

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